Puro Amor
Marco Mello
A tarde é quieta, de um calor
silencioso de um sol opaco.
O silencio das vozes queridas
Soam somente nas doces lembranças
sentidas
Dos poucos e tantos que me rodeiam
Mas que preenchem minha vida de fato
São como flocos de neve
Que numa noite fria
Aquecem de beleza pequenos corações
saltitantes
Que saltam no peito errante em ternos
instantes
No ato de uma poesia que se escreve
No amor de vozes queridas que soam
como uma suave e encantadora melodia.
Um rosto de criança feliz
Uma lagrima de alegria
Um amor que tanto quis
Um raio de sol no rosto pra iluminar
meu dia
Uma flor desabrochando
Um pássaro cantando
O orvalho que deixa a sombra da noite
brilhante
Alguém chegando de um lugar distante
Matando uma saudade constante
Da vontade de sempre encontrar
adiante
Alguém que no meu inseguro passo
Me entregue o peito num caloroso
abraço
Os pingos da chuva, na seca colocando
um fim
Que façam a natureza sorrir pra você
e pra mim
A mão que ampara... um olhar de
paixão que agarra.
No meio da noite solitária uma voz ao
telefone
Que aquece teu coração insone
Que acalma... Que traz paz para sua
alma.
E se me agarro tanto às inquietudes
da vida
É porque hoje aprendo nas pequenas
sensações sentidas
O valor dos olhares que me deram
guarida
O brilho de um sorriso de missão
cumprida
Na emoção dessa vida de tantos
impasses
Como se a cada queda um anjo me
levantasse
E nas trilhas de Deus de novo me
colocasse
Conduzindo-me a novas vitórias com
uma lagrima de alegria na face
Enfrentando enganos, do dia a dia de
tantos danos.
Erros, acertos, esperanças
depositadas em um novo plano
Compartilhar da presença daqueles que
eu amo
Sentindo a cada momento o
inexplicável sabor
Da verdadeira expressão do mais puro
amor