sábado, 19 de novembro de 2011

Maria





Maria

Marco de Mello

(À minha Avó Maria de Mello - in memorian)
( Letra da música composta por mim em 1978 em sua homenagem )

De noite Maria
Entra em seu quarto
Deita em seu leito
Se põe a pensar

Pensa na vida
Já tão vivida
E se propõe a recordar

Recorda Maria
Quando criança de pé no chão
Tinha alegria em seu viver
Muita esperança no coração
E então Maria
Volta a um passado tão distante
E ao menos por um instante
É uma criança a brincar

De noite Maria
Descansa o corpo
E sente o sono se aproximar
Dorme e sonha
Um sonho de paz
Viaja Maria há um tempo atrás

Sonha Maria tanta lembrança do seu passado
Do namorado do casamento
Do primeiro filho a chegar
E então Maria no sonho lindo é tão feliz
E numa grande emoção
Fica seu filho a embalar

De noite Maria
Não é mais criança
Nem é mocinha cheia de ilusão
O tempo passou
A vida mudou
Mas sabe Maria
Que não foi em vão
Pois hoje Maria
Já colhe os frutos do seu passado
Já não tem nada a lamentar
E continua a sonhar
Sabe Maria
Que a sua vida já tão vivida
Não será nem é vida sofrida
Pois é amada e sabe amar

Já é manhã
O sol despertou
Acorda Maria
Raiou novo dia...

( Na doce figura de ti Vó Maria aqui expresso a minha alegria de brilhares na minha lembrança por todo os dias )



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

No Jardim




No Jardim

Marco Mello


O jardim do éden é teu doce amor
E como o néctar da vida
Eu me inebrio dos teus beijos...
Do teu líquido morno

Nossos corpos tal como um plasma
Misturam-se em um só
Colados um ao outro
Como uma extensão da alma

Uma só alma
Um só sentir
Um só pulsar de corações batendo juntos
Numa variação de ritmos incessantes
Que trazem aos nossos ouvidos
As mais doces melodias
Produtos do som do nosso amor
E no prazer do seu prazer
Eu me dôo a você
E me faço seu


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

No Espaço





No espaço

Marco Mello


São luzes refletindo por todos os lados...
Estrelas que brilham...
Asteróides cadentes...
Luas inspiradoras...
Nuvens, céus, anjos e liras...

Flutuo sem gravidade
Como uma pluma levada ao tempo
Como uma águia dominando o vento
Como uma nave sem rumo
Que embora sem destino exato
Segue por um turbilhão de sonhos
De encontro ao paraíso dos seus braços




Seus Olhos





Seus Olhos

Marco Mello

São assim os seus olhos
Às vezes perdidos, outras contidos.
Às vezes carentes, outras falantes.
São assim que os noto transparentes
Mas que olham pra dentro de gente
Que iluminam a noite e o dia
Que ora trazem alegria, outras melancolia.
Que às vezes gritam por um querer
Que muitas vezes falam sem você nada dizer

Eu vejo em seus olhos
A expressão de sua alma
A paixão pela vida
E uma terna calma

Eu os noto sempre que os vejo
E caminho por eles na minha imaginação
Passeando em imagens, miragens e desejos.
Na luz do teu brilho e da tua emoção
E feito um coração indulgente
Sem nome nem identidade
Eles passam pela minha mente
Numa paisagem de luz, amor e verdade.

São seus olhos o espelho de uma vida vibrante
De um sorriso radiante, da tua beleza quando passa.
E quando encontram o meu e eu roubo esse sorriso teu
Como um menino fico sem graça

Assim por eles viajo
Numa estrada de sonhos, um caminho imaginário.
Onde no fundo eu abraço
A beleza do teu corpo... O meu lindo cenário
E abraçado ao sonho... Meu desejo
Imagino os seus olhos em um doce beijo
E neles o sabor
De ver na tua face o rubor
Do seu prazer no momento do amor




quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Como Saberia



Como Saberia

Marco Mello

Como saberia
Se nunca me usaste um dia
Nem sequer como um velho agasalho
Que te aquece em noite fria

Como saberia
Se nunca tentasse sequer
Deixar teu desejo... mulher
Viajar pelo meu caminho
Aconchegar-te em meu ninho

Como saberia
Navegar nos meus sonhos entre nuvens
Vivenciando as diferentes formas
Que minha nave transforma em luzes
Se me negas os olhares que me tomas

Como saberia
Se nunca sentistes do espinho as rosas
Que eu colhi em versos, em prosas.
Nas canções que fiz pra ti
Em longas noites sem dormir

Como saberia
Se duvidas das tuas dúvidas
Do teu peito sem juízo
Arrepiados... Imprecisos
Quando disfarça entre risos
Uma incerteza sem fim
Que te faz fugir de mim


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Do Bem ...Meio Zen...




Do Bem... Meio Zen...

Marco Mello

Às vezes eu sinto que preciso de espaço pra eu mesmo
Tantos sonhos, tantos planos, minhas verdades e meus medos.
Tanta coisa por fazer nessa minha estrada infinda
Onde me sinto incapaz de chegar ainda
Pois a cada ponto final, um novo caminhar, me faz sempre em frente continuar.

Sigo em frente numa busca de soluções urgentes
Pelos espaços vazios, em meio a tanta gente.
Descubro-me querendo aprender mais da vida
Novos pensamentos, desejos, sonhos inacabados
Planos esquecidos, pequenos pedaços pela vida espalhados.

Sou rico de idéias, de amigos, saboreio o amor de nossas vidas.
Mas me sinto pobre por situações mal resolvidas
Sinto-me amado e odiado ao mesmo tempo,
Não se pode agradar a todos ao menos em um momento.

Voando nos espaços dos meus pensamentos,
Amanheço ao sabor do tempo.
Faço da vida um constante querer
E se querer é poder
Eu posso viver, posso correr.
Buscar, viver, amar, surpreender.
Às vezes até a mim mesmo sem querer... hehehe

Assim nos meus tropeços continuo a buscar
Novas formas de amor e de amar.
Sou incansável, insaciável
Na busca da vida e do conhecimento
Por isso aprendo a todo o momento
Com os mestres, com os sábios
Com os velhos, os novos e os que parecem que nada sabem.

Não tenho vergonha de perguntar, de filosofar.
Aprendi que aprendo não tendo vergonha de dizer que não sei
Assim preciso de espaço pra aprender com os erros e entender aonde errei.
E essa angustia me persegue
Porque quanto mais aprendo
Aprendo que menos sei.

Outras vezes quero ficar só, quero de mim sentir dó.
Ficar melancólico, fazer cara de cenário bucólico.
Mas sorrio de mim mesmo ao pensar no fato
E encontro alegria e novos desejos nesse ato
Procuro soluções nos problemas
E nos problemas mais resultados
Esqueço a matéria como bem
Prefiro meus pensamentos, e as idéias que contém.
E os ideais também

Mas nessa busca esqueço que no meu espaço,
Tenho que colocar os pés no chão
E contrario tantas vezes o meu coração
Tendo que me render à razão

Vida, vida, vida...
Como sou egoísta quando te quero só pra mim
Mas de um jeito assim...
Só pra eu poder te repartir com o mundo e todos, esses meus sentimentos bons e profundos.
Numa tela pintados todos qual eu queria...
Sonhos poucos, bons e loucos... Doce ironia...

Preciso de espaço
Quero o meu pedaço
E assim me despedaço
Ao sentir fraqueza no passo
Desse ritmo pesado imposto por eu mesmo

E mesmo com rota ou a esmo
Devaneio nas minhas nuvens de pensamentos e idéias
Quero isso tudo repartir com todos, com alguém.
Encontrar as verdades e a espiritualidade também
Eu quero mesmo é ser sempre do BEM
Hahaha... bom... Isso é bom e convém

Então me acalmo... Respiro...
Do fundo da alma novas forças eu tiro
E sorrio... Para o nada, pra você, pra estrelas ou só pra mim.
Vou acabar meio Zen assim...
Hehehe...


Pequeno Conto de Ano Novo... (nova versão)

  Pequeno Conto de Ano Novo Marco Mello   Ele corria contra o tempo Era só mais um meio à multidão, em meio aos contratempos. Sons...