terça-feira, 30 de agosto de 2011

Imaginando-te





Imaginando-te


Marco Mello



Imaginei-te viajando ao meu encontro
Contando noites, esperei tua voz, teu sorriso.
Imaginando fazer do meu corpo teu abrigo

Sonhei amores nunca vividos
Sonhei prazeres nunca sentidos
Sonhei vontades nunca ditas
Na ansiedade de ver-te em tantas noites aflitas

E como nos sonhos acordei sem ti...
Maldizendo as dores... Tantas que senti.
De outra vez fugires do meu alcance
De ficar no sonho... Imaginário romance

Perdi os olhares que guardei
Os cheiros que imaginei
Os braços e abraços não dados
As pernas e os corpos enlaçados

Olhando-te nos olhos e sentindo os teus
Bocas se encontrando, teus lábios nos meus.
Trazer-te sobre mim.... Sentir teu corpo sobre o meu
Deixar-te cavalgar... Fazer-me seu

Sentir teus espaços... Viajar nos teus laços
Sentir teus sentidos... Satisfazer sua libido
Ouvir o som dos teus doces gemidos
Passear no teu corpo e nos teus desejos proibidos

E se tudo isso nem faz sentido
Vou vivendo de ilusões, pra eu mentindo.
Que ao menos possa nos meus devaneios
No mundo dos sonhos...Dormir em seu peito
E aconchegar-me em teus seios




sábado, 20 de agosto de 2011

Cabeça de Leitoa



Cabeça de Leitoa

Marco Mello

Reunidos no balcão, na chácara numa boa
Eu, Katira, Barriguinha e Angolinha
Todos com a família e respectivas patroas
Cerveja... conversa e muito riso
Vez em quando vai pra goela um gole de "pé de ouvido"
No centro da mesa uma cabeça de leitoa

Leitoa a pururuca, peixe assado.
Churrasquinho... Hoje é sábado
Tantas conversas, papo furado.
E a cabeça da leitoa que imaginariamente nos olha
Pergunta-se intrigada
Aonde esses caras têm tanto assunto
E tanta risada

Pra quem não sabe "pé de ouvido".
É licor de gengibre com cacau
Uma mistura genial
Invenção do Barriga nosso amigo
De sabor sensacional
Que também da um fogo legal, hic...
Mas hoje é sábado
Nem to preocupado
E o banco ta fechado

O som toca pesado
Old Times, música do passado.
E o assunto que de elitizado
Passa aos poucos para um tanto etilizado
Faz a gente lembrar tudo que merece ser lembrado

E pra não ficar chateado
Ataca no microfone nem sempre muito afinado
Um conjunto com voz mel, muito mel
São nossas "meninas esposas" cantando o “Coração de Papel”

Os filhos a nossa roda
Ouvem espantados a nossa prosa
Um ou outro até nos goza
E numa inversão de valores
Que sequer pensaram jamais
Acabam tomando conta dos pais

Mesmo assim, vez em quando da uma louca
E os "pai-lhaços", pulam na piscina de roupa

Coisa de menino amadurecido
Ou será velho senil?
Velho é a ponte... que partiu
Tudo bem que no domingo acordo dolorido
Digamos que to ficando um pouco antigo

E parafraseando o cantor José Augusto
"Todo sábado é assim"...
Ou quase...
Às vezes começa na sexta
Fazemos uma festa sem fim
E ao som do violão
Contamos e cantamos coisas do coração

Êiiiiiita turma boa
Vez em quando é bom ficar a toa
Curtir o pessoal com euforia
O difícil é explicar no outro dia
Porque ao invés da patroa
Acordei abraçado
Com a cabeça da leitoa




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