sábado, 22 de junho de 2013

Vem Pra Rua...










Vem pra Rua

Marco Mello


Seus passos eram firmes e decididos
Na sua mente fervilhavam ideias e ideais
Saudando as pessoas que passavam ao seu lado
Ele sentia o pulsar forte do seu coração
Ao ver o brilho no olhar de cada rosto
Naquela miscigenação de raças, cores e credos.
Aos poucos as pessoas formavam grupos
E dos grupos aglomeração
O soar das vozes encantavam os seus ouvidos
Com sons de liberdade
Expressando paz, amor e dignidade para cada uma delas.

Sua mente via a face do avô contando em voz altiva
Como fora sua luta em tempos de juventude aos anos de 1932
E as lágrimas que encheram seus olhos tinham um gosto misto de orgulho e saudade
E de repente se viu cantarolando uma musica que ouvia pequenino nos braços dos seus pais
Como se fora hoje
E sua voz em meio a emoção de sentir-se vivo ...mais vivo e forte que nunca
Bradava os versos de Vandré em tempos de ditadura
– “caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não ... “

E sentiu-se fazendo história como um dia seu avô e seus pais o fizeram.

O clamor das vozes antepassadas agora se misturava a multidão
Ergueu os braços e acenou a bandeira do Brasil que ostentava firme nas mãos
Cantou o hino nacional embalado por um coral de milhares de brasileiros
Via os cartazes... As faixas e mais bandeiras iguais a sua
Que inundavam um dos mais lindos cenários que sua vista já pudera imaginar
Num mar a se perder no horizonte verde e amarelo

Via se destemido lutando por seus direitos
Há muito esquecidos por tantos e tantos governantes
Sabia que se no ardor dos seus brados
Fosse ferido ou detido em sua marcha
Nem ia conseguir um atendimento justo á sua saúde ou sua integridade
Mas caminhava firme como seus antepassados
Porque sabia o quão foi dura a luta deles pela sua educação e dignidade
Era sua vez de cumprir o papel de cidadão brasileiro
e com uma força inimaginável saiu dos seus pulmões a voz do seu povo
Vem... Vem ...  Vem pra rua...
E abrindo os braços como se fora abraçado ao avô e ao pai
Brindou ao filho que um dia haveria de nascer livre num país justo e digno

E cantou... como se fora seu último suspiro
Ó Pátria amada,
Idolatrada
Salve! Salve!
Completando:- Filho ...por você  e pelo Brasil
Verás que seu pai não foge à luta...




domingo, 9 de junho de 2013

Entre...tantos






Entre tantos

Marco Mello

Sabe que vejo você assim
Ares de menina, misto de mulher felina.
Coisa natural que a vida não ensina
Mas que te coloca por cima
Onde tantos queriam chegar

Passeias por entre todos
Desafias tuas incertezas e teus medos
Com ares de quem nada quer
Com olhares incertos, mas que vêem aonde quiser.
E assim tu consegues teu lugar

A tua marca é a simplicidade
Mas que invade tantas vaidades
Caricatura de tua mocidade
Que mostra com certeza
Como tens tanta beleza

Mas não só a beleza é a tua riqueza
Pois tens profundidade no olhar
Sabes olhar de frente, não tem medo de encarar
E conquista aos poucos, devagar...
A tua vida e o teu jeito de amar

Por isso se te julgas ou te julgam diferente
Diferença nenhuma faz
São virtudes que muita gente
Nunca julgou ser capaz

Assim te vejo então
Uma entre tantos
Entretanto diferente na multidão
Pois tua marca é sentir da vida a pulsação
E o imenso amor que levas no coração




segunda-feira, 3 de junho de 2013

Quando a noite...







Quando a noite

Marco Mello

Quando a noite torna inquieta uma estranha sensação solitária
Avisto teu rosto como que numa figura imaginária
E assim te encontro em meus doces devaneios
De sorriso lindo, corpo esguio e arfantes seios

E quando encontro teus olhos com seu brilho me encantando
Sinto-me como a correr pelos campos entre flores desabrochando
Ao aroma do teu perfume e cabelos esvoaçantes
Beijando a sua boca de inigualável sabor em ternos instantes

Sinto então tua meiga face menina no ardor da mulher resolvida, bela e divina
E na tua pele aveludada de múltiplos sabores voamos de mãos dadas
Despidos das vestes e dos pudores pelo espaço e pelas nuvens em noites estreladas.

E no frenesi das tuas pernas, braços e abraços de mística sereia.
Espalho-me em paixão ao som do mar... rolando pela areia
Na emoção de um menino sorridente a sonhar
Na maravilhosa visão do teu rosto a corar
Depois do ardor de te fazer amar...




Pequeno Conto de Ano Novo... (nova versão)

  Pequeno Conto de Ano Novo Marco Mello   Ele corria contra o tempo Era só mais um meio à multidão, em meio aos contratempos. Sons...