domingo, 18 de setembro de 2011

Mais Uma Madrugada



Mais uma madrugada

Marco Mello

Um intuito me chama pra escrever
Eu teimo sem saber se vou mesmo querer
Mas se nada importa no momento
Eu me apego ao meu pensamento...

Distante, obscuro
Idéias como que se escondendo atrás de um muro
De concreto, atrapalhando as idéias atrapalhadas.
Por uma inconstante e incerta jornada.

Vejo-me caminhando a sonsos passos
De bêbado virtual
Que num caminho desigual
Nada contra a corrente, mas que vai em frente...

Tropeço nos meus erros do passado
Choro e lamento em versos cansados
O cansaço da trilha estreita
Da vida que me espreita
Das dores não aceitas
Que me perseguem como uma seita
Invadindo o corpo tão dolorido
Da falta de um abraço amigo
Do largo sorriso antigo
Atado a tantos obstáculos
Amargando as cores do arco íris
Acinzentadas num triste espetáculo

Adoro a vida
Mas pqp... quando dela esperamos guarida
Porque tanta dor é sentida

E assim cambaleante
Doce bêbado das dores das ruas
A minha despedaçada alma, crua e nua
Segue o olhar ao horizonte
Onde me acenam por um instante
Os sorrisos de tantos pares
Que no meu coração ainda curam os males
E me apóiam os braços nos corrimões
Dessa vida... tão omissa estrada
Pois... quem sabe assim quando o vento meu rosto afagar
A lua interessante sorriso há de me dar
E enfrentando a caminhada
Consiga vencer mais uma madrugada


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