sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Uma Obra Inacabada






Uma Obra Inacabada

Marco Mello

Trombo na vida
Caio do muro
Tropeço no escuro
Falo na hora errada
Faço piada sem risada
Esqueço coisas, dou mancada
Nessa minha vida gozada

Prefiro gozada que mal dada
Vixiiii.... fiz piada em hora errada

Mas viajo em telhados sem subir
Navego nas nuvens sem cair
Passeio nos mares sem afogar
Bom... Pelo menos sei nadar

Nos meus pensamentos mando eu
E nos meus sonhos também
Mas não domino mais as emoções
De ver uma criança brincar,
De sorrir, de abraçar.
De vitórias alcançar
Aprendi a não ter vergonha de chorar

As dores que se lamentem sozinhas
Quero mais é chorar de alegria
Da alegria de ter, de ver, de sentir.
De falar, de cantar, de gritar, me expressar.
De trabalhar até cansar
Mas aprender, criar, produzir, servir.
Sorrir e principalmente amar

Por isso amo a vida sem mais nem menos
Até por nada
E mesmo me metendo em enrascada
Vou pensar... desenroscar, inventar,
Resolver...
E tentar... Ah isso eu tento
Até isso tudo escrever

Um dia isso vai virar muita risada
Uma velha lembrança da caminhada

E assim vou construindo a vida
E levando sem ser levado
Faço da minha viagem
Uma obra inacabada
Sem um ponto de chegada

Também posso dormir de madrugada
E acordar de cara inchada
Mas tomo um banho de alma lavada
E sorrio pra quem tem a cara amarrada

Dizer bom dia não paga nada
É o mínimo que posso desejar
Pois sei sorrir... Eu sei amar.

E se aprendi mesmo na dor a dar risada
Entendo que a dor pode ser passada
Em tantos momentos, vivemos tormentos.
Mas aprendi e aprendo com os sofrimentos
Aprendi também que nesse instante de vida malfadada
Viver lamentando, não leva a nada.

Eitaaa... Vida danada

Danada de boa sôh

E quando partir
Dessa vida sair
Não quero ser lembrado
Pelo que fiz ou pra que servi
E sim por que lutei pelo que construí.
Que tenham seqüência meus sonhos
Minhas aventuras, minha vida...
Essa minha doce e constante balada

Que minha gente... Tantos que são
Família, amigos, irmãos, alunos e filhos.
Sejam os discípulos da minha voz
Da minha vida, da eterna construção.
Dessa minha vida muito bem gozada
E façam dela uma obra inacabada



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