sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Rei do Carnaval





O Rei do Carnaval

Marco Mello

Lá vai ele
Ele é legal
Não é rei momo
Nem gordo como tal
Não é diferente nem igual
É apenas uma pessoa normal
Gozando a vida e curtindo o carnaval

Cai no samba, no axé e no frevo.
Na marchinha relembra a criança de outrora
Afinal é dele a hora
Seguir a batida do surdo, do cavaco e do pandeiro.
O carnaval ta no sangue, na veia do brasileiro.
E na pipoca, nos cordões e na escola.
Se sente legal
O próprio rei do carnaval

De qualquer jeito é o seu jeito
Desengonçado ou até cheio de trejeitos
No som da bateria não existem defeitos
E se não tem fantasia
Pra esbanjar sua alegria
Faz da avenida uma poesia
E de confete e serpentina cria a sua alegoria

Todos olham sua dança
O velho o moço e a criança
E nos passos que ele cria
Vara a noite até o dia
E a todos contagia
Na sua simples sinfonia

Não se importa quem o vê
Ou se vai sair na TV
Nem em manchete do jornal
Do cansaço do trabalho se esqueceu
Das dúvidas, das dívidas e das desigualdades também.
Na multidão, se sente alguém.
Aquele lugar lhe pertence o espaço é todo seu

Agora é hora de quebrar a monotonia
Carnaval é pra todos verdadeira democracia.

E nos quatro dias de fevereiro
Se sente alegre por inteiro
E se Deus é brasileiro
Esse cara normal
Que tem família, coisa e tal.
Refresca a alma e o coração
Tem felicidade na sua emoção

E como um Deus, esse brasileiro.
Sabe que não há nenhum mal
Na avenida ficar a vontade
Uma simples majestade
Vem brincar seu carnaval




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