segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Noite a Noite





Noite a Noite

Marco Mello

E como se não mais bastasse
Sentir teus olhos em minha face
Atrevo-me aos sonhos como se desejasse
Uma noite infinita que não mais acabasse

Sorteando me entre tantos permanecer em seus braços
Sentir me invadido pelos seus sorrateiros passos
Eu viajo pela tua boca em um beijo inacabado
Envolvido pelo teu universo num único corpo entrelaçado

Assim te encontro em cada esquina
Ruas, becos sem saída
Equivocado por uma tamanha sina
De um amor sem sentido e sem guarida
Nessa doce e louca vida bandida

E quando me sinto banido dos teus sonhos
Encontro-me vagando por um horizonte morno
Onde a sombra da lua em reflexos estranhos
Trazem-me imagens do teu traço em inebriante contorno

Ouço teus risos extasiantes
Teus lindos olhos feito brilhantes
Revejo teu peito insinuado
Que ao ritmo do coração arfam excitados
Quando te aproximas de mim
Como que zombando assim
Dos sentimentos proibidos
De um tempo interrompido
Marca de uma marca de outrora
Que me fazem reviver até agora
Uma doce e inquieta lembrança que minha alma revigora
Cada instante teu em minha memória
Inserindo mais uma pagina na nossa história
Que me faz buscar-te noite a noite, de hora em hora.





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