domingo, 24 de junho de 2012

A Noite










A Noite

Marco Mello




A noite me acalma
Faz brandir meu peito
Faz-me sentir a alma
E deixo meu corpo fluir
Pelos espaços inertes do tempo...

Passeio vozes e pensamentos
Canto canções imaginárias
Com letras absurdamente sem nexo
E entoando frases aleatórias
Brindo ao amor como um puro reflexo

Como um vaga-lume, ilumino meu palco
As estrelas de incessantes brilhos
São luzes que se acendem a minha volta
E saltitando por elas brinco de amarelinha
Levanto poeira como a espalhar talco
E como um riacho a fazer novos trilhos
Sou de novo criança com anjos da guarda a minha escolta
Tornando a noite somente minha

Mas se a solidão me espreita
Dou adeus às dores não aceitas
Espalho sorrisos e distribuo abraços
Canto versos sem compassos
Acato as ordens do meu coração
E sem me importar com a razão
Sem medir o tempo ou a emoção
Faço da poesia a minha oração


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