Deus protege... Consigo chegar
Marco Mello
Se a queda é livre
Vertiginoso é o momento
Que martela o meu pensamento
Cruzo os dedos pra dar sorte
Discuto com o medo da morte
E embora finja que não me importe
Sorrio um amargor de hálito forte
Canso as pernas e o coração
A minha mão estendo
Apego-me em coisas que não compreendo
Em tristes sinas, que viram rotinas
Causando dias de angustia inacabável
Que tentam abalar até a minha fé inabalável
Que não é pouca, mas que cansa a coragem.
Arranha a imagem
Da foto, da identidade.
Dos precipícios do tempo que passa
De não achar graça da idade
Da saudade do tempo que arrasta
Uma paixão pela vida tão vasta
Eu quero mais é um basta
Basta de enfrentar os leões
Quero me desprender dos grilhões
Que tentam me amarrar, me segurar
Vez por outra o sentimento inundar
E vou à luta num constante sem fim
Buscar meu palco, meu camarim.
Vou acender as luzes de volta pra mim
Eu não ligo pros males da vida
Não gosto e nem creio em fazer mal a alguém
Vivo a vida respeitando o bem
Quero a paz que a todos convém
Mas... Se do teatro da vida
Os sonhos vão além
Eu não quero viver de fantasia
Quero uma realidade de alegria
Das neuras quero ter alergia
Das dores distancia todo dia
Nos amores viver em sintonia
E... se os meus pesos tenho que carregar
Que eu tenha sempre mais força
Nas rasteiras que meu pé não torça
Deus protege... Eu consigo chegar...
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